
Quem me conhece sabe: eu sou defensora da IA. Mas o uso errado e indiscriminado me incomoda — não pela tecnologia em si, e sim por quando abrimos mão da nossa função de criadores. IA SIMULA cognição; não sente, não decide por propósito, não vive repertório. Se esquecemos disso, viramos alimentadores de lixo digital e deixamos o próprio mercado menos exigente.
A IA é ferramenta. Ela acelera, amplia e sugere — mas quem cria é você. Quando delegamos a autoria por pura pressa, perdemos a essência e produzimos conteúdo genérico. Use a IA com ética e critério para elevar produtividade sem diluir a assinatura do seu trabalho.
As plataformas até parecem equivalentes, mas entregam nuances diferentes (qualidade de preenchimento generativo, controle fino de estilo, ruído, tempo de resposta, integração com o seu fluxo). A escolha fica cara quando assinamos tudo. O caminho é montar um kit enxuto para tarefas específicas.



Exemplo prático: a chama sutil que pediu duas IAs
Na minha composição, a chama da vela foi cortada. Eu precisava de uma chama sutil, não plástica.
O preenchimento generativo do Photoshop não chegou no nível de delicadeza que eu queria, mesmo após algumas tentativas.
Uma integração via API com outra IA entregou a chama perfeita sem esforço. (Obs.: confirme o nome exato da solução que você usou — no rascunho aparece “nano banana”.)
Moral da história: combine ferramentas. A expansão lateral da imagem foi ótima no Photoshop; a chama, melhor na outra IA. O ganho vem do encaixe entre ferramentas — não da fidelidade cega a uma só.
Pense em microtarefas que se repetem na sua rotina e avalie 3 critérios:
IA acelera a execução; você garante significado, estética e coerência.
Ferramentas existem aos montes. O segredo é usar as certas, no momento certo — e medir o retorno. Assim, você ganha tempo sem perder assinatura autoral.